A Iluminação na Arquitetura

"Se o olho não tivesse sol como veríamos a luz? sem a força de Deus vivendo em nós,

como o divino nos seduz?"

Goethe 

A importância de tratar o tema da percepção da luz passa pelo entendimento de que o homem, para o qual o espaço foi projetado, deverá ser o centro das necessidades.

Afinal, projetamos espaços para atender às suas exigências de conforto luminoso.

A satisfação dos usuários com o ambiente influenciará seu comportamento e produtividade, com desdobramentos na racionalização energética.

É preciso compreender, através da percepção, as preferências dos usuários a quem o projeto se destina, pois serão precisamente estes usuários que irão fechar cortinas, acender as luzes, abrir cortinas e apagar as luzes, buscando sempre a situação mais confortável, seja para trabalhar, repousar, meditar ou simplesmente contemplar.

Somos seres dependentes da luz solar, pois nosso metabolismo e ritmos diários são regulados pelas variações do sol, ao longo do dia e das estações.

A luz faz despertar nosso organismo e a escuridão faz adormecer.

A tecnologia da iluminação artificial modificou este pragmático comportamento e criou possibilidades de controle e eficiência da luz que se incorporaram definitivamente em nossos ambientes. E mesmo com o sol brilhante, a maior parte dos espaços funciona com iluminação artificial geral e não apenas complementar.

Isto gera consumo de energia elétrica e vai contra o discurso da sustentabilidade.

Não se trata apenas de saber quantos lux disponíveis há para uma determinada tarefa, mas da percepção da distribuição destes luxes nas superfícies, dos contrastes entre luz e sombra e impressões causadas.

Luz natural e artificial são diferentes com relação à percepção visual e fisiológica.


Recentes estudos têm procurado investigar as respostas do organismo humano aos diversos tipos de luz artificial e natural com relação aos estados físicos de alerta, repouso, produtividade, bem-estar, ritmos circadianos e, também, aos desdobramentos na saúde humana. Fomos criados para interagir com a luz solar, fundamental para nossa existência saudável.

Precisamos de menos luz para ver do que necessitamos para estimular nossos ritmos fisiológicos, e é certo que, ao longo do dia, podemos nos expor a níveis de iluminação mais altos, desde que por certo período.

A melhor luz sempre que possível e na grande maioria dos ambientes é a luz natural dosada para o ambiente, de forma que permita desenvolver a maior parte das atividades com conforto.

Acreditamos que todo projeto deva perseguir este objetivo.

Sabe-se que ambientes considerados saudáveis recebem luz do sol.

Os modernistas trabalharam com o discurso da higiene; é célebre a frase do arquiteto Walter Gropius: diminuam os quartos, aumentem as janelas.

A luz natural dá vida aos espaços, diria Louis Khan.

A luz artificial durante o dia é um complemento importante para viabilizar atividades com constância, eficiência e produtividade, dadas às inconstâncias da luz solar.

Explorar o maior aproveitamento dos recursos da luz natural nos ambientes implica entender como percebemos este ambiente, como a luz influencia a nossa percepção, do que pode ser atrativo e o que nos traz desconforto.

Se a luz é como arquitetura, uma arte aplicada existe um para que e um para quem, ela também tem critérios funcionais, construtivos e estéticos conforme o tipo de arquitetura proposta e seus objetivos.

A luz revela contornos, superfícies, formas e cores.

A luz revela, também, a beleza, função e forma da arquitetura.

Define imagem, cor, textura dos espaços, edifícios, cidades e paisagens.

Determina nosso limite visual e nosso entendimento de escala.

No segmento de iluminação arquitetônica, podemos ter a luminária ideal levando em conta o espaço arquitetônico e a sua função, buscando o equilíbrio entre luz (intensidade) e temperatura de cor para iluminar ambientes, fachadas, jardins ou monumentos.

 

Os tons de iluminação

Cada tom pode transmitir um impacto visual e inconsciente na nossa saúde e bem-estar (energia, concentração, sonolência etc.).

 

Existem basicamente 3 principais tons de lâmpada:

Iluminação quente – tom avermelhado, entre 2700 e 3500 Kelvin

Iluminação neutra – tom branco, entre 4000 e 6000 Kelvin

Iluminação fria – tom azulado, entre 6000 e 7000 Kelvin


A intensidade ideal: luz pode transmitir diversos sentimentos e sensações.

Isso pode ser modificado pelo tom, intensidade da luz e pelo próprio modelo da luminária ou lâmpada.

Intensidade fraca: em ambientes mais intimistas a iluminação leve proporciona calma, descanso, sonolência…

Intensidade clara e forte: uma luz mais aberta transite alegria, energia e alerta. Uma boa indicação para escritórios, salas de aula, cozinhas etc.

 

Basta ter atenção e encontrar os equipamentos luminotécnicos certos para cada objetivo.

O segredo para acertar na iluminação de um projeto de arquitetura é atentar-se e saber unir o útil ao agradável e ao confortável.

 

 

Pense na utilidade da lâmpada e do cômodo

Para escolher tom e intensidade adequada é preciso lembrar a finalidade dos cômodos.

Um ambiente de estudos, por exemplo, precisa ter uma iluminação bem mais intensa, uniforme e clara (neutra ou fria).

Ainda que a iluminação geral seja suficiente, é possível aproveitar a funcionalidade e decoração das luminárias de mesa direcionais.

As salas, de estar ou jantar, podem ter uma luz clara, no entanto, mais intimistas.

A decoração quente nesse caso pode ser utilizada com elementos decorativos como o abajur ou com a elegância dos lustres.

 

Combine com a decoração

As lâmpadas não precisam ser apenas funcionais.

Com a variedade de modelos, cores e conectores das lâmpadas de LED é possível apostar em itens de decoração de diversos modelos sem perder a funcionalidade do produto, pelo contrário, apenas impulsionando a qualidade e objetivo da iluminação.

O lustre, por exemplo, é sempre uma boa opção decorativa, é essencial combiná-lo ao tipo de decoração do lugar, se moderna, busque os modelos mais atuais, mas se a ideia for passar elegância e seriedade, um modelo mais exuberante irá compor muito bem desde que seja proporcional a quantidade e tamanho dos objetos e móveis.


 

Escolha tamanhos proporcionais

A proporcionalidade é um ponto fundamental para a harmonia na decoração e divisão de espaço.

Deve-se ter cuidado, pois uma luminária pode se adequar a funcionalidade e decoração do espaço, mas pode ser menor ou maior que o ideal e isso pode pôr tudo a perder.

O tamanho proporcional tem base no tamanho do cômodo e na quantidade de objetos também, pois essa deve pesar na harmonia do espaço.

 

Agregue conforto e economia

As lâmpadas em LED proporcionam o conforto completo para um projeto sob medida.

A projeção da luz, variedade em intensidade, tom tamanho e nos próprios equipamentos decorativos que a utilizam.

Além de beleza, elas são sustentáveis, pois não emitem substâncias tóxicas ou prejudiciais, e tem mais de 90% das suas peças recicláveis.

As lâmpadas em LED não têm o corpo aquecido quando estão em funcionamento, por isso, não modificam a temperatura ambiente, e conseguem converter todo o calor recebido em luz, evitando o desperdício da energia.


Tipos de lâmpadas

Desde o dia 30 de junho de 2016, a Portaria n. 1.007 estabeleceu o fim da fabricação das lâmpadas incandescentes.

A tecnologia tem avançado de tal modo que já existem lâmpadas de LED de 2.700 k que chegam a um efeito muito similar ao das incandescentes e ainda economizam energia.
Incandescentes
Lâmpadas com filamento dentro de um bulbo de vidro. Têm alto consumo, baixa eficiência luminosa, fácil dimerização e vida útil muito baixa, com cerca de 750 horas.

Com essa resolução e, em função da economia, a procura pelo LED só aumenta.

Ela chega a ser até 80% mais econômico se comparado às lâmpadas incandescentes e alógenas.

Arquitetos, também, estão preferindo esse tipo de lâmpada em seus projetos.




Alógenas
Lâmpadas com filamento dentro de bulbo de vidro ou quartzo com gás interno, produzindo mais brilho. Têm alto consumo, alta eficiência luminosa, fácil dimerização e vida útil de 2 mil horas.

 

Fluorescentes
Lâmpadas de descarga de baixa pressão, compostas por eletrodos, tubo de vidro coberto com material à base de fósforo e gases inertes. Funcionam com um reator. Têm baixo consumo, boa eficiência luminosa e vida útil de 3 mil a 20 mil horas.


LED
Diodo que emite luz quando polarizado diretamente. Há formatos que imitam as lâmpadas incandescentes. Tem baixo consumo, boa eficiência luminosa e a maior vida útil, entre 15 mil e 40 mil horas.


Quando devo começar a pensar na iluminação?
O momento ideal para começar a pensar na iluminação é logo depois de definir, junto com os arquitetos, a dimensão de cada ambiente e o layout da casa e, logo no início da reforma ou construção.

Pensar o projeto junto com a arquitetura aumenta a eficiência e a economia graças ao uso adequado de produtos, evita trabalhos desnecessários e gastos excedentes. Outra vantagem é que o cronograma da obra pode ser cumprido sem tantos imprevistos.



Como temos ressaltado sempre, um profissional, um bom projeto, sempre auxiliarão no sonho de ter um belo ambiente, uma casa, uma loja, um escritório.

Até mais! 



“Arquitetura que entra numa simbiose com a luz e não meramente cria forma na luz,

no dia e noite, permite que a luz se torne forma.”

Richard Meier

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